segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Inverno

Devemos estar preocupados? Desde meados de Dezembro que todas as semanas tem nevado!! Dirão alguns, é Inverno. Estas coisas a acontecerem é nesta estação. É verdade, mas assim com esta frequência? Aí está a anormalidade.
Além da neve, este fim de semana foi mesmo de temporal: frio, chuva, neve, vento forte, com rajadas; consequência, árvores, chaminé, cruzeiro, postes do telefone, ... derrudados, muitos estragos.
Era dito, não há muito tempo, num programa na televisão, que o anterior presidente dos EUA tinha na sua secretária um qualquer relatório que indicava alarmantes alterações na corrente quente do golfo do México, que transporta enormes quantidades de energia em direcção ao Atlântico Norte e mantém a Europa com um clima ameno (ao contrário das mesmas latitudes no continente norte americano que registam uma assinalável diferença de temperaturas (lá muito menores). Escusado será dizer que foi dito no mesmo programa que tal relatório foi arquivado numa gaveta, e certamente esquecido. Há esperança, pelo menos, que esta nova administração opere uma mudança de mentalidades e se preocupe com o futuro do nosso planeta. Que as questões ambientais sejam vistas com outros olhos, que não apenas economicistas.
Pelo que se sabe, o aquecimento global tem uma consequência (entre muitas outras) que é o degelo das calotes polares e dos glaciares.
Bem, o degelo do oceano Glacial Árctico e na Gronelândia, introduz água extremamente gelada (e água doce) no caminho da corrente quente do golfo, alterando-lhe as caracteristicas, enfraquecendo os seus superpoderes de condicionar o estado do tempo na Europa. Será que é isto que está a acontecer? Estará a gerar-se uma equidade de temperaturas ao nível das mesmas latitudes (Europa - América), consequência do aquecimento global e das alterações do clima? Será somente porque é Inverno, e é altura deste tipo de situações meteorológicas?

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Castelo da Ferramenta

Muitas vezes o ser humano idealiza, e desses pensamentos resultam sonhos e a obra nasce!
Porém, o tempo às vezes conserva, outras faz desvanecer, e obras que não deviam ser esquecidas, muitas vezes, até da memória são varridas... até parece que alguma maldição se abateu e a ruína ficou traçada e anunciada.
Por isso, divulgar, muitas vezes é fazer tributo e honrar o que não devia ser esquecido, muitas vezes não é aprofundar, mas o suficiente para preservar essa memória, que o tempo se esforça por apagar.
Há património que o tempo, neste caso, também a vegetação, cobrem com a manta do esquecimento. Mas há coisas que não saem do sítio e aguardam a sua vez... pode demorar... diria uma eternidade ou mais, mas mais dia, menos dia, a pessoa certa, passará por ali, e novos sonhos, novas ideias, ... e a luz voltará, a memória voltará a ser reavivada, e obras voltarão a resplandecer.
Diria que esses dias de glória devem estar algo distantes para o esquecido e abandonado castelo da Ferramenta.
Na verdade um antigo castro, situado em Barbadães de Baixo, quase formando um vértice com Soutelinho do Monte e Valoura, localizado, num relevo extremamente acidentado, de díficil acesso, mas facilmente defensavel (talvez a função original).
Permanecem as ruínas, porque as construções que ali existiram foram desmanteladas e as pedras dessas construções serviram para edificar a povoação de Barbadães de Baixo.
Talvez, muitas das casas mais antigas da aldeia sejam, afinal, a memória desse velho castro. Talvez a parte mais antiga da aldeia, possivelmente, o fundo do povo, sejam esse depositário, possivelmente, numa altura em que por perigos menores, procurar terrenos menos acidentados fosse uma alternativa.





segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

... e um próspero ano novo

Este post marca o arranque do novo ano. Pois bem, Feliz ano 2009 para todos:)
Costuma-se dizer "... e um próspero ano novo".
Porém, a crise, a recessão estão a ser bem apregoadas! Prospero ano novo? Que boa maneira de começar o ano. Até parece que pretendo desmentir a crise, a recessão, ..., nada disso. O discurso é que por estas horas, aliás, há já bastantes dias devia ser outro.
A base do discurso para 2009 deve assentar na palavra confiança.
Como sempre dissemos, o modelo de economia actual, sustenta-se no triângulo produção - consumo - taxas de juro reduzidas. Neste momento ainda não está reposto o equilíbrio, que irresponsavelmente foi quebrado; por um lado, os consumidores estão extremamente desconfiados que as entidades decisoras, por vislumbres de ganância, por hipotéticos golpes de superação das concorrências, ou por outra qualquer razão escondida por detrás de qualquer capa, tecida de seriedade (inflação, deflação, ...), possa, num repente voltar a atacar uma subida das taxas de juro, e esses consumidores não querem ficar de novo reféns e num ápice ver o seu nível de vida posto em causa. Para este segmento do modelo económico, as entidades de decisão deveriam assegurar que as taxas de juro vão estar baixas ou vão subir... dar indicação, criar estabilidade, porque, caso contrário, o receio impõe travão no consumo.
Bem sabemos que tal indicação é difícil de ser dada, a economia é volátil!! Mas acreditem, hoje essa indicação seria essencial.
Porque se os níveis de consumo estão em baixo, a produção ressente-se e sabemos bem qual a consequência dessa situação: o efeito mais indesejável, o grande promotor da crise 2009, a subida do desemprego. As famílias que deixam de ter recursos sequer para satisfazer as suas necessidades mais básicas (alimentação, vestuário, habitação, ...)!
Portugal afunda-se nos rankings mundiais do desenvolvimento humano, ... Mas pior mesmo é as pessoas passarem mal.
E discute-se investimento público, sim ou não? TGV, aeroporto, ...?
Em épocas de crise o estado desempenha um papel importante e o investimento público poderá fazer de rede de salvação; cria alternativas, apoia o emprego, ... também deixa divídas para as gerações vindouras, porém tal até se pode justificar dada a conjuntura (há a tese que o investimento é sempre positivo, pois contribui para gerar riqueza).
No entanto, este investimento volta a pecar pelos mesmos erros de sempre, contribui para acentuar os desequilibrios territoriais, agrava as diferenças litoral - interior; reforça a centralidade de Lisboa.
2009 continua, espelha 2008, mais centralismo, a descentralização não cabe no dicionário dos nossos governantes! Deveremos ir todos para Lisboa?