quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

A Fúria dos Elementos do Clima

Os elementos do clima mostram a sua face agressiva no nosso país, nomeadamente, chuvas torrenciais na Madeira, que provocaram torrentes que arrastaram tudo na sua frente, casas, automóveis, grandes pedregulhos, muito entulho, ... e pior do que os prejuízos materiais é a perda de vidas humanas, que neste dia já contabilizava 41 vitimas mortais.
Vento forte, com rajadas fortissimas em muitos locais do nosso país, contabilizando-se a formação de tornados em diferentes pontos (Aveiro, Portimão, Alentejo), com alerta de tornados, em regiões do nosso país.
Chove quase ininterruptamente no nosso país há vários dias, os solos estão saturados, surgem deslizamentos de terras um pouco por todo o lado, os leitos dos rios não suportam toda a água que transportam e transbordam.
O rio Tâmega, em Chaves, subiu o nível das águas em 4 m, provocando inundações um pouco por toda a área marginal, alagando diversas habitações, originando a necessidade de evacuar famílias.
Obviamente, as consequências não se ficam por aqui, ...

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

desta vez a natureza atacou a alma lusa

Costuma dizer-se que os Homens perdoam às vezes, Deus perdoa sempre, mas a natureza nunca perdoa!
Terão sido erros humanos, é possível... o povo madeirense desta vez é que sofreu.
Há que estudar, melhorar e prevenir melhor.
Agora resta a coragem de olhar para a frente. De ajudar quem precisa de ser ajudado e lavar a face, reerguer a Madeira...

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Regulação

Fala-se tanto em regulação, ... que de facto, é preciso regulação. Não devia ser possível, que o estado da economia permitisse oscilações tão grandes, por exemplo, ao nível das taxas de juro, questão que afecta directamente uma fatia importante da população portuguesa. O valor das prestações vencidas logo a seguir à feitura de contratos nunca deveria poder oscilar para lá de uma percentagem a definir por uma qualquer entidade reguladora. Assistimos a muitos casos em que as prestações dobraram ou agora cairam para metade. Podemos colocar na lista de causas da crise e do crédito mal parado estas oscilações que são permitidas, em nome de uma economia de mercado livre. Sim, a economia de mercado é o modelo certo! mas a falta de controlo, descredibiliza, e estas oscilações são uma fragilidade, que afectam sempre muita população, aquela mais frágil, também.

A Ordem dos Dias

De facto o dia a dia do nosso país tem sido marcado pelos atropelos (?) à liberdade de expressão e às negociatas entre governo e partidos da oposição em torno de muitas matérias, mormente, o orçamento de estado. Se o governo está frágil, quase moribundo, muito por culpa do seu chefe, que têm uma tentação, quase masoquista, de dar tiros no pé, de se meter em todo o tipo de problemas, como se o país não tivesse coisas mais importantes, que ele deveria tratar. Ou será a doce e leve tentação de aparecer nos media a toda a hora... será isso uma estratégia, um nível de controlo? Bem, dizia, a oposição não está muito melhor, é pouco oposição.
Um governo dura o que tiver que durar, O bem do país acima de tudo... por bem menos, Santana Lopes foi "despachado" pelo Presidente da República.
A justiça deu tiros, também em si própria, para proteger o país da vergonha e do descrédito (interno como externo)...

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

O Equílibrio ou uma Questão de Pombas e Falcões

Desta vez as pombas levaram a melhor, quer dizer, Vítor Constâncio foi eleito pelos Ministros das Finanças dos países da União Europeia para Vice Presidente do Banco Central Europeu (terá a cargo a responsabilidade da supervisão dos mercados financeiros, área onde nem se saiu lá muito bem, pelo menos fazendo fé em tudo o que se disse e escreveu nos últimos tempos).
Causas e consequências:
No lado das causas, uma intensa negociação diplomática, deu frutos ao eleger o Governador do Banco de Portugal para um cargo apetecível no mínimo. Sinal também, no alinhamento de posições, para uma eleição ainda mais importante, a da sucessão de Jean Trichet, já em 2011. Trata-se de um jogo de equílibrios. Um equilíbrio Norte - Sul.
Os falcões conotados com uma ala (representada por países como a Alemanha, Luxemburgo, Bélgica, HOlanda, Áustria, ...) que defendem uma reação, nomeadamente, a qualquer indício de subida da inflação, principalmente, através da subida das taxas de juro (num endurecimento das políticas do BCE). Neste momento, aos índicios de uma recuperação da economia da zona Euro, defendem já uma retirada dos estímulos atribuídos na fase crítica da crise da economia, exactamente, como forma preventiva, para qualquer situação de inflação.
As pombas preocupam-se com o risco de estagnação económica e têm uma visão que sugere um caminho menos agressivo do BCE. Grécia, Chipre, Espanha, Itália, Portugal, neste alinhamento são conotados como pombas. Claro, ninguém assume estas imagens.
Perfilma-se como sucessores de Trichet o governador do Bundesbank, Axel Weber e o italiano Mario Draghi.
A eleição de Constâncio retira espaço ao italiano, no meio, considerado mais competente para o cargo. Mas a eleição de uma pomba agora, dita, no equilibrio da diplomacia a eleição de um falcão para o cargo de governador do BCE. E aqui a diplomacia alemã tenta carregar Weber para o cargo; é essa a jogada de Merkl; porém já existe um alemão no Conselho Executivo do BCE, Jurgen Stark. Alemães a mais dizem. A ver vamos...
O que os interessa mais, é termos alguém "infiltrado" no meio de decisão ao mais alto nível. Será Constâncio capaz de influenciar o que quer que seja? A economia do seu (o nosso) país está estremamente fragilizada.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Tempo de tratar dos vivos - Ajuda precisa-se


A destruição aqui simbolizada pela Catedral de Port - au - Prince


Sobrevivente resgatadas depois de alguns dias debaixo dos escombros.


Port - au - Prince, Sodoma e Gomorra do Séc. XXI

Uma catástrofe de dimensões bíblicas a lembrar o famoso episódio da destruição de SOdoma e GOmorra, como consequência dos pecados (erros) da população dessas cidades. Também agora os pecados pagaram-se caro e os erros dos Homens ditaram a quase erradicação do mapa da capital do HAiti.
Um muito pobre da América Central, mas cuja pobreza também assenta num conjunto de erros de governação.
Devastação dos recursos naturais, a começar pela desflorestação, aprfundaram fenómenos erosivos que tiveram como condão provocar o empobrecimento dos solos, com os subsequentes reflexos na diminuição da produtividade agrícola. Passando fome, porque a terra deixou de alimentar, a solução foi... procurar solução na capital já de si sobrelotada... daí a uma construção caótica, fora da lei, sem condições mínimas (nomeadamente de segurança e segurança contra sismos) foi um pequeno passo. Pecados demasiados...
Há muito que ali não se registavam sismos de grande magnitude ou intensidade (o que mais preocupa - pela frequência até são os furacões) - o último com grande expressão até foi registado no século XVIII, por altura do grande sismo de Lisboa. Porém, um abalo de 7 pontos na escala de Richter, seguido de muitas réplicas, muitas delas também de grande intensidade, marcaram para sempre a vida dos pobres cidadão de Port - au -Prince. 200 000 mortes, intensas como o sismo as campanhas de solidariedade e humanismo, destruição familias destroçadas, desfeitas, ...
Dizem muitos correspondentes, muito pior que os piores cenários de guerra.
Foi Deus, foram os Homens?
A esperança sempre brilha nesta hora de trevas! muitas vitimas regatadas, inclusive, depois de 15 dias debaixo de escombros foi retirada vida, ... muitos episódios de resistência, de fé, mas de vida.
ESta, a vida continuará, Port- au - Prince renascerá, pelo esforço dos Homens...
O futuro... sempre com esperança e optimismo.