quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Jornadas Culturais - 6, 7 e 8 de Outubro

O Forum alarga o leque. Neste pós férias crítico, face à crise económico – financeira que grassa pelo mundo fora, com particular ênfase no nosso país, o FGT continua a sua missão. Espalhar e difundir a cultura, diga-se gratuitamente, sem ivas nem irs’s.

Literalmente foi o que fizemos, alargamos o nosso de raio de acção, com a programação de actividades nos dias 6, 7 e 8 de Outubro, respectivamente, em Chaves, Vila Pouca de Aguiar, Montalegre e Valpaços. Apresentamos um naipe de personalidades de alto gabarito da nossa região, que além de darem um brilho muito especial ao evento, foram, certamente razão para termos casa cheia em todas estas praças.

Bento da Cruz, Barroso da Fonte e António Chaves compunham o cartaz. A apresentação de obras destes autores consagrados da nossa região foi o mote. No caso, “Contos de Gostofrio”, em reedição, de Bento da Cruz; “D. Afonso Henriques: 900 anos (1111 – 2011)”, de Barroso da Fonte e “A Última Estação do Império”, de António Chaves.

Mas, e há sempre um mas!! Ouvir tão distintas pessoas, não é todos os dias. É um capital acumulado de de vivências, de experiências.. tão saborosamente postas à disposição de quem as quis degustar. Cultura pura e simplesmente, é a transposição inter-geracional.

A acrescentar a este painel, já de si esmagador, Batista Lopes, editor destes autores e principal responsável da Âncora Editora e Edmundo Pedro, um dos fundadores do Partido Socialista, agraciado com a medalha da Câmara Municipal de Montalegre, e que muito enriqueceu estas jornadas com os relatos das suas experiências, principalmente no tempo da ditadura, e cuja presença também foi, no caso particular de Edmundo Pedro uma homenagem a outro ilustre transmontano barrosão, do idos anos 30 do século passado, Bento Gonçalves.

É caso para dizer, mais uma vez o Forum contribui para a afirmação da cultura transmontana, mais especificamente da região do Alto Tâmega.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

E o culpado sou eu?

Criando uma analogia com a expressão usada por Scolari nos tempos de seleccionador nacional apetece dizer em resposta ao discurso do 5 de Outubro do Sr. Presidente da República, o «burro sou eu?», nós, os pobres cidadãos deste país, pobres, sim que somos os culpados desta crise?
Sim fazem zumbir aos nossos ouvidos, fazem questão de o lembrar a toda a hora, que estamos e vamos viver tempos difíceis, muito duros! Sabemos perfeitamente, é impossível esquecermos... a comunicação social e principalmente os políticos, recordam-nos constantemente. Esses políticos que até dizem «falei demais». Falam demais e sem pensar nas consequências, menos ainda nos pobres cidadãos deste país.
E foram esses, os pobres cidadãos deste país que hoje foram acusados de serem os responsáveis desta crise... consumiram demais, acima das suas possibilidades.
A crise afinal não é da responsabilidades das opções dos políticos que nos governam e que usam o dinheiro público... é dos pobres cidadãos que não sabem governar os poucos tostões que têm para governar.
Que lata!!!
Continuo a pensar que nos perdemos, que estamos na estrada errada... mas como alguém que segue um caminho e se perdeu é sempre possível reencontrar o caminho certo. Defeito de ser optimista!
Continuo a pensar que as pessoas não são idiotas ao ponto de comprometerem o futuro delas próprias, das suas famílias, a sua credibilidade entrando em devaneios consumistas para depois deixar de pagar as suas obrigações. Ninguém se compromete dessa maneira.
O que compromete são as crises que são criadas (tal como minas de ouro para muitos especuladores) e criam desemprego... esses sem fonte de rendimento não podem cumprir... quando estupidamente se fazem subir as taxas de juros fazendo dessa forma artificial subir as prestações para valores nem nos piores pesadelos sonhados.. aí será quase impossível cumprir (quando fazes um crédito nunca pensas que as prestações podem ir para o dobro, mas graças a acções dos nossos governantes - neste caso europeus, podem)... essas manobras sim, põem em causa a economia e as finanças (dos pobres cidadãos) mas na maioria dos casos porque lhe alteraram as regras do jogo... a meio do mesmo. Grandes culpados!! os pobres cidadãos. E somos advertidos que vamos passar mal.
Continuo a pensar que esses pobres cidadãos que consumiam demais e são responsáveis pela crise dinamizavam o país, faziam as empresas produzir, criar mais emprego, dar mais impostos para o estado, expandiam a economia do país.
Em vez de se cortar em tudo como se está a fazer, deviam dar-se incentivos... benefícios fiscais... para combater a fuga ao fisco... um dos grandes problemas do estado é a fuga aos pesados impostos... se tudo puder entrar no IRS, pedíamos factura de tudo. Nas farmácias levamos sempre os recibos, porquê? podemos descontar no IRS... nas oficinas, restaurantes, ... não pedimos, porquê? Não entra no IRS.
Há muitas soluções e caminhos e estamos perdidos... precisamos oferecer um GPS aos nossos governantes. Mas eu não me assumo como culpado... normalmente eu pondero os bens que adquiro e pondero no sentido de conseguir honrar os compromissos que faço...