sexta-feira, 18 de setembro de 2015

O TEMA DOS REFUGIADOS

Os tempos são de mudança (os que andam atentos a cada dia que passa, não deixam de efectuar o reparo, os tempos são sempre de mudança).
Aceite-se ou não, é a realidade e há que viver com ela.
Acontece é, que neste preciso momento, nem mesmo o maior especialista em geopolítica pode arriscar uma previsão que não se revele falaciosa no momento seguinte. O xadrez geopolítico que é o mundo encontra-se a fervilhar de instabilidade. Nas nossas poltronas assistimos a lideranças sem poder, enfraquecidas.
Uma pergunta que fica é: temos fracos lideres pelo mundo inteiro que não consigam lidar com um problema que alastra séria e gravemente mundo fora?
Será dos lideres e das lideranças?
Avançando, mesmo que sem respostas!! (Parece o correr dos eventos e acontecimentos)!
A Alemanha e outros países encerram o espaço Schengen, constroem muros, edificam vedações, colocam arame farpado…
Dirão muitos: É uma resposta aos acontecimentos.
Eis que isto gera um movimento de reacção automática. É humano? Não será desumano o que se está a fazer? Ninguém os quer. É uma questão de número? Dividir para parecer bem?
Parece que todos os querem ir para a Alemanha!!
A pergunta e grande incógnita. Eu recebia… mas… e se são geadistas ou terroristas estes refugiados. Se vêm com mulher e filhos ainda «disfarçam», mas o que vêm sozinhos, esses porque não ficam e defendem a sua pátria e os seus?
Esta questão dos refugiados. Como se resolve? Tem solução? Qual? Onde se encontra a resposta que teimosamente não aparece?
Porque razão todos os dias dezenas ou centenas, quiçá milhares ou mesmo milhões de pessoas se dispõem a trocar a sua terra natal pelo desconhecido, criando rotas de refugio e refugiados mais inimagináveis. Metem pernas ao caminho e a pé, de barco, comboio ou como podem ou conseguem «fogem» dali, daqueles sítios onde vivem, atravessam cidades, desertos, mares, montanhas, países inteiros, caminhos sem fim… qual o fim? Para muitos é mesmo o fim inevitável. Inevitável?
Daqueles sítios ou lugares de onde «fogem», de onde desertam a morte espreita. Espreita de todo o lado. É da porta, da janela, das suas arruinadas casas, dos familiares, dos vizinhos, já nem se confia em ninguém. É tudo tão mau, que morrer por morrer, arrisca-se a chegar a sítios onde supostamente os governantes são humanos, de confiança, de segurança. É também uma morte quase certa, é embarcar numa jornada rumo ao desconhecido. Faz lembrar os aventureiros homens do mar descobridores que havia neste canto do mundo.
Muitos ainda tentaram defender a pátria dizem. Mas isso não é mais opção. Que pátria? Já não há. Governos oposições armadas, jeadistas, salafistas, islamistas radicais do Estado Islâmico, do Boko Haram, da Al Qaeda e de milhentos grupos armados e terroristas e fações duns ou doutros, radicais, marcenários, … tudo isto tornou uma parte do mundo inabitável. As pessoas fogem de lá.
Não sobrou nada, não há como sobreviver.
Uma solução, quiçá a melhor ou única solução para o problema. Eliminar o problema que existe nesses locais.
Pois, certo e sabido, mais cedo ou mais tarde instala-se nos nossos recantes pacíficos. E depois vamos para onde? Para Marte?
Acolher bem, tratar bem, como gostaríamos que nos tratassem a nós, mas resolver mesmo o problema da Síria, da Líbia, do Afeganistão, do Paquistão , dos países da África subsariana e outros casos mais prementes.
O Inverno aproxima-se e a crise de refugiados vai tornar-se uma supertragédia.
Voltando ao inicio! Não é porque temos lideres fracos, é porque temos lideres sem poder, o que faz deles lideres fracos.
Isso acontece porque deixam aprovar leis que lhes cortam o poder. Hoje o poder é financeiro, supraglobal, está num nível onde refugiados e assistência a refugiados e guerra e paz fazem parte dum vocabulário menor. Só quando toca em superpaíses tipo Rússia ou EUA se faz alguma coisa.

Aguardemos desenvolvimentos, no nosso pacífico país, na nossa confortável poltrona.

1 comentário:

barbadaes disse...

Concordo plenamente.
Ainda não me pronunciei sobre esta realidade: os refugiados, a emigração, os controlos geográficos (...).
Para mim esta situação tem muitos rostos e muitos nomes; deixo aqui um Bashar al-Assad.
À cerca de 2 anos recusou qualquer ajuda, para resolver o problema sírio e dos islamistas radicais. Ameaçou, com o apoio da Rússia, do Irão (...) um conflito com o mundo.
Todos ficamos quietos, mesmo quando havia fortes razões para intervir.
Assistimos à destruição de um País, casa após casa, família após família...
Que faríamos na situação deles?
Eu faria o mesmo que milhares de pessoas estão a fazer.
Esta altura, não é altura de se erguerem muros. Cada País olhar para o seu espaço como sendo seu... A Terra pertence a todos nós. Não podemos deixar os nossos "irmãos" morrerem à frente de vedações, de problemas... Não podemos proibir a sua cultura, a sua religião... Qual é o nosso direito de querer que estas pessoas se despojem de tudo, até da própria alma, para nos mostrarem que não são um perigo...
Após estas pessoas estarem minimamente instaladas, atacar o problema na origem e o mundo unido poder reconstruir uma Síria a partir das cinzas e o seu povo poder regressar!