sábado, 13 de setembro de 2008

crise económica, reflexão

Continuamos em actualidade puramente condicionada por opções da politica. A crise económica. Outra matéria de pura gestão política (aqui também condicionada por opções superiores, ex. Banco Central Europeu, Pacto de Estabilidade,)
Gigantes da Europa estão tecnicamente em situação de crise (a Alemanha, gigante e motor da economia euro e Espanha, nosso poderoso vizinho, entre outros, Itália, ...)

Eu, leigo nos conhecimentos de economia, tentando somar e juntar as peças de um puzzle seguindo um pensamento de lógica.
A economia centra-se em 3 grandes vértices: produção (empresas, fábricas, produtividade, competitividade e inovação, ...); consumo (mercado) e agentes e entidades reguladores (estado, organizações económicas, quiçá lobbies (empresas suficientemente poderosas) ou até algumas elites também com poder de influência.
Toda a economia que prospera assenta numa base geo - social denominada estabilidade.
Acontece que por algumas vias a base de estabilidade esfumou-se.
Primeiro, esmagou-se um dos vértices - o consumo, com uma estratégia totalmente errada (inocente ou premeditada na defesa de interesses aparentemente claros - inflação???). Mas por carga de água se abalaram os alicerces, as bases de estabilidade? Não foi a subida das taxas de juro na zona euro demasiado meteórica? Imprevista até? Não houve tempo, nem capacidade de adaptação a uma nova realidade. O impacto foi tremendo, aniquilando o consumo.
E sabemos, não havendo consumo, as empresas não vendem, se não vendem, não produzem, para não criar um crise de acumulação de stocks, são obrigadas a despedir mão de obra, o desemprego aumento (também a instabilidade social - insegurança, violência, marginalidade, ... mas isto do ponto de vista superior serão meros danos colaterais).
Importa é aproveitar para reestruturar, deslocalizar, ...
Esta inovação é um geo - flagelo... Muitas regiões portuguesas que o digam.
Mas se o vértice consumo foi aniquilado, o vértice empresas - produção - investimento, não saiu incólume (investir tornou-se mais dificil, cumprir com obrigações tornou-se mais dificil...
O mercado estava a funcionar assente numa lógica de consumo baseada num mecanismo de crédito relativamente controlado. Mas porque alterar essa lógica?
Havia receio que a classe média tivesse um padrão de qualidade de vida, que teoricamente não deveria ter, será um problemas de aspirações e mobilidade social?
Poderá até ser que taxas de juro baixas não solucionem os grandes problemas, mas penso que dariam uma ajuda... retomova-se a confiança, criavam-se novas bases de investimento, sugerindo um incremento do emprego, da produção, das exportações, ...

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