Sabemos como o plano e o planeamento estão na moda. Uma arte e uma ciência fazer um plano que resulte, que funcione, que tenha aplicação.
Quando isso não acontece o plano é substituido por outro melhor, e então esse que nem chega a ver a luz do dia é arquivado numa gaveta ou endereçado ao ecoponto azul. Mas há ainda os planos que são optimos, até excelentes e que nunca chegam a vias de facto; nesses casos entram em acção os poderosos lobbys e com a sua influência e poder o plano é alterado em benefício próprio.
Deveria ser realizado um estudo, de modo a dar um pouco de ar a esses planos mudados ou arquivados e tentar quantificar ou modelizar territórios, cidades, vilas ou aldeias, que ganharam ou o que perderam por via de seguir planos alternativos.
Conta-se a história da construção da linha férrea, a então linha do Corgo (extinta em 1991) que deveria seguir um trajecto, servindo as localidades com mais população, embora tivesse que serpentear rios e montanhas; porém, determinado oficial do exército real (ainda estavamos na monarquia) e que era natural dessa reagião e como constatasse que a linha não atravessava a sua localidade moveu mundos e fundos, usou a sua influência e poder e conseguiu alterar o traçado. Enfim, esse plano mudado foi a sentença de condenação de um conjunto de localidades, mais isoladas, hoje em dia em dificuldades para sobreviver, a contas com reduzida dinâmica, elevado envelhecimento, emigração,...
Enfim, os tempos mudam, a realidade sempre a mesma, agora era das auto - estradas; desta vez os lobbys são as empresas de extração de granito...
Haverá sempre forças... de bloqueio? pelo menos mudam-se os planos... a "natureza" encontra sempre caminho!