domingo, 23 de março de 2008

Uma Páscoa Feliz Para Todos

A Páscoa o que significa? a saída do povo hebreu do Egipto rumo à terra prometida por Deus a Moisés? a ressurreição de Jesus Cristo, Nosso Senhor? Nada? Algo que faz pensar, que moldou os modos de vida de muita gente, durante séculos (e continuando a fazê-lo)?
A vivência religiosa está em declínio, pelo menos na sociedade ocidental, pelo menos está a ser substituida, na sua essência, por uma cultura materialista. São os novos dogmas, é a aspiração da maior parte da população.
Jesus Cristo, um insurreito para muitos, um profeta ou o Filho de Deus, defendeu as suas ideias, os seus valores de bondade, fraternidade, igualdade, liberdade à mais de 2000 mil anos. Revolucionário? o designio do destino? Pelo que se sabe morreu na defesa da sua causa.
Deixou a semente, como quem diz seguidores.
Independentemente de sermos crentes, ateus, agnósticos ou de algum credo em particular, a mensagem que nos é transmitida como grande cerne desta quadra e da semana santa devia-nos fazer reflectir um pouco.
Este designio, esse desejo, esses valores talvez possam contribuir para sermos cidadaos um pouco melhores, talvez a sociedade fosse mais solidária, mais equilibrada e justa.
É também uma ideia.

sexta-feira, 21 de março de 2008

Iraque, 5 anos

Há posições que geram consensos!

A invasão do Iraque foi um erro total.

Em termos geopoliticos, os EUA marcam presença, quiçá essencial para continuar a dominar aquela região, que mais que um barril de petroleo, é um barril de pólvora.
Se é certo o que certas vozes dizem que atravessamos ou aprestamo-nos para atravessar o pico da produção de petroleo, já com evidentes reflexos nos preços, os EUA podem garantir reservas para bastantes anos, e passar com danos menores severas crises económicas que, seguramente se auguram, para um futuro, ao que parece não muito distante.
Se o mundo quase entrou em colapso porque o petroleo passou de 2 para 11 dolores aproximadamente o barril; quer dizer, se por uma falha momentanea, a economia mundial foi exposta a uma quase falência, a estratégia de G. Bush poderá dar alguns resultados...
Mas com que custos?
Financeiros? Ultrapassou largamente o que está planeado.
Humanos? Certamente mais grave, pelo menos 4 mil norte americanos; e iraquianos? milhares e milhares até perder a conta.

Brevemente eleições no EUA.
A favor da guerra - contra a guerra. São estas duas posições que estão em campanha e vão a votos.
Será um exercicio admitir que a posição anti - guerra vai trinfar, que nesse cenário pode muito bem acontecer que Barak Obama decrete como uma das primeiras medidas o regresso dos soldados americanos.
Mas é isso possível?
Com que consequências?
O que vai ser do Iraque? o Que vai ser o Iraque?
e o médio Oriente? Despoleta uma nova corrida aos armamentos e ao nuclear?
Qual o equilibrio de forças?
Israel - Irão - Egipto - ...

A guerra foi um erro total, porque desequilibrou de uma tal maneira o equilibrio de forças regional, que um futuro a breve prazo sem os Estados Unidos será de todo imprevisivel, mas certamente instavel; com os Estados Unidos, muito mais previsivel, mas concerteza instável.
O que será melhor para os iraquianos?
certamente tomarem as redeas e serem, bem ou mal, donos do seu póprio destino..

domingo, 16 de março de 2008

Apostas Correctas

O Ministério da Educação em vez de tentar impor uma avaliação dos professores inexequível e injusta, deveria reflectir seriamente.

A avaliação que diz não existir ou da qual apenas sabe dizer que serve para gerar progressões automáticas, ideia em que insiste e que atira à opinião pública, para dar a ilusão de que os professores auferem de salários elevados à custa de trabalho zero!!!
Primeiro, eu sou, mão de obra barata, estando plenamente de acordo com as afirmações proferidas pelo Minsitro da Economia, numa visita à China.
Depois, as progressões não são assim tão directas...

Mas como já antes referi há que afinar esse sistema de avaliação...

Como? Primeiro, uma séria aposta na formação dos professores, valorizando as suas práticas, investindo nas suas capacidades...
através de professores universitários... observavam aulas, davam sugestões, instruções (não de caracter punitivo, mas formativo). Assim, a prioridade poderia ser a educação, não o défice.
Outra ideia, também de carater formativo, agora do ponto de vista dos alunos seria rever a noção de sucesso escolar...
Num tempo, em que unanimemente todos concordam é diferente, em plena Sociedade da Informação, das Tecnologias da Informação e Comunicação, Portugal (e talvez os outros países, mas Portugal com défice verdadeiro ao nível das oportunidadesque proporciona aos seus jovens) continua a afirmar que sucesso escolar é um aluno atingir um nível 3 (2º e 3º Ciclo do Ensino Básico) ou 10 valores (ensino Secundário).
Seria revolucionário e igualmente muito discutivel... e se o aluno em vez de lutar para obter um 3 tivesse que trabalhar para tirar um 4 ou um 14? (associado, por exemplo, este incentivo, a benefícios ao nível do abono de familia). Isto é um puro palpite, não assenta em estudos de viabilidade económica, mas é uma ideia... se queremos alunos melhores, não podemos ter alunos a almejar atingir um 3 ou um 10...
O certo é que com alunos melhores os professores seriam vistos como salvadores da patria!!
Mas os professores também reconhecem que o mérito pertence aos alunos... mas também têm parte nesses sucessos.
E, embora nunca se fale nisso, Portugal deve ser dos países que forma melhores alunos, mas que depois, não tem capacidade para os reter.
Hoje, no dia que termina a quaresma (amanhã, começa a Semana Santa) umas quantas ideias para pensar.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Manif de 8 de Março

Chantagem e Conspiração

Vamos na fase chantagem!!!
Se não fazem a avaliação os professores contratados não podem renovar o seu vinculo...pura chantagem! Quem tem "a faca e o queijo" na mão não consegue abrir uma excepção? Que estado é este? Que governo é este?
Com muita admiração ouvi, terça feira, o Senhor Secretário de Estado no Fórum de uma conceituada rádio portuguesa acusar os professores de pretenderem «mudar as regras a meio do jogo»!! Isto é mesmo espantoso, quando esta avaliação é imposta por Decreto de Janeiro... isso não é mudar as regras a meio do jogo? Será o quê?
Mais, este modelo é impraticável... o Decreto contém tantas lacunas... que, passe a ideia, todos os dias chegam novas Portarias para regulamentar lacunas... Com a legislação em conta - gotas há quem se consiga organizar?
Mais, há professores que não são ouvidos!! O Ministério manda para as escolas grupos de acompanhamento, chegam às escolas, são chamados os Coordenadores, que entretanto não tiveram tempo, nem oportunidade de ouvir os restantes pares... é assim que se pode afirmar que os professores são ouvidos...
Tudo são estratégias de controlar...
Como parar esta chantagem... conspirando!!!
Levar os assuntos que o Ministério evita passar pelos Professores aos Departamentos... Estudar os dossiers com detalhe...
o trabalho deve ser muito bem feito... começar a casa pelos alicerces, não pelo telhado!!
As fichas, as grelhas, e o mais que é exigido, deve ser bem discutido...
Se tudo for feito com competência, pode levar muito tempo... talvez no próximo ano toda a documentação esteja preparada, talvez
Há que acertar Projectos Educativos, ...
Há também, nos famosos sms que circulam, quem sugira ir ao sitio do parlamento na net e envie, aos deputados de todas as bancadas, inclusive do partido do governo, pedidos para parar com esta intenção absurda de avaliação... pedir que façam pressão, explicar os pontos da "revolta".
É, porque assim, é mesmo díficil ser professor.


domingo, 9 de março de 2008

Quanto vale uma manifestação de professores

80 000. 100 000. Provavelmente um pouco mais. As várias fontes de informação divergem ligeiramente no número, mas são unânimes no sucesso da Marcha da Indignação.
Agora o governo português terá que fazer bem as contas antes de tomar uma posição definitiva sobre as questões da avaliação, da gestão escolar, do estatuto da carreira docente, enfim, sobre as feridas mais profundas infligidas numa classe tradicionalmente pouco unida, mas que, talvez um tanto inesperadamente, para a classe governativa, pôs de lado interesses ou divergências e apareceu completamente unida.
O nosso governo operou uma acção deveras significativa e quiçá merecedora de uma atenção especial, principalmente pelos nossos investigadores... até que ponto não terá impacto noutros sectores profissionais ou sociais do nosso país?
Será uma ressurreição do sindicalismo profundamente atingido, quer pelas reformas em curso, quer pela propaganda de culpabilização levada a efeito por vários sectores do tecido económico, social e político do nosso país? Será apenas um leve estrubuchar de uma estrutura efectivamente moribunda e condenada no nosso país?
A questão é saber até que ponto esta mega manifestação produzirá mudanças...
Há que pesar e saber o que vale para o governo de José Socrates no mínimo mais de 100 000 votos...
Porque é certo e sabido que mais professores não compareceram na manifestação por causas óbvias: o casal de professores, e um teve que ficar em casa a tomar conta dos filhos, os professores envolvidos em provas do Desporto Escolar, realizadas também no dia da manifestação, professores que tiveram outros compromissos nas suas agendas...
no mínimo 100 000, porque acrescem familiares e amigos ...
Quanto valem estes pelo menos 100 000 votos... apenas perder a maioria absoluta? À luz do resultados das legislativas de Fevereiro de 2005, tal seria um facto consumado. O poder absoluto e considerado pouco democrático teria os dias contados... terá os dias contados!
Haveria mais danos?.... perder as próximas eleições?
Directamente, seria impossível afirmar tal coisa, mas pode aparecer um efeito contágio ... Também sabemos que o efeito Socrates é poderoso no controlo e mestre na propaganda, e terá as suas armas a esgrimir pela sua permanência no poder.
E um recuo nesta questão específica da educação controlaria os estragos já causados? Abriria outras feridas?
Os professores estão sentidos e desconfiados, e sabendo que talvez uma maioria tenham votado PS nas últimas legislativas afigura-se como díficil voltar a ganhar esses votos... mas nunca se sabe... os eleitores são voláteis...
Mas um retrocesso que consequências traria a um governo cuja imagem de marca é a inflexibilidade ... e posterior mudança de opinião... já aconteceu muitas vezes no passado recente?
Seria aproveitado para exigir mais retrocessos em politicas já em aplicação. Talvez mais agitação e mais alguns votos... Talvez não... talvez estas considerações sejam apenas um ensaio ... sobre a nossa cegueira.
Efeito Socrates vs Efeito Professores
PL

sexta-feira, 7 de março de 2008

INDIGNAÇÃO



Vamos todos a Lisboa!!!

A Marcha da Indignação vai ser uma enorme manifestação de democracia.

Contra a avaliação, contra a segregação, contra a burocratizção ...

CONTRA ESTA AVALIÇÃO

vamos ouvir de novo a Grândola, Vila Morena!!


Querem entrar num domínio intímo; as AULAS... Sempre foram sagradas, o domínio intímo da actividade docente...
imaginem um médico numa cirurgia, a ser observado (avaliado) pelo seu chefe de Departamento... imaginem um juiz no decorrer de uma audiência, ele próprio a ser julgado!! pelo seu avaliador!!

FAZ SENTIDO?

Querem-nos fazer isto...
Engraçado, que outras profissões outrora equivalentes ficam de fora da avaliação

DISCRIMINAÇÂO

Mais, onde estão os generais ... na educação... alguém anda enganado

haverá uns quantos sargentos, nada mais.


Para quê?

o défice: em nome de Portugal, ajudamos todos, fomos congelados sucessivamente e que ganhamos com isso?
agradecimento, reconhecimento?
como estamos em Portugal
fomos pisados, envergonhados, para não dizer aqui algumas obscenidades

Fomos divididos!!! Agora há quotas; Agora há os titulares.
Porque nos dividem? é para reinarem melhor?
É mesmo pelo défice? ... assim, a arraia miúda da docência não progride e vai-se embora e poupa-se???
Porquê?

E agora?

Seremos burocrátas até aos 65 anos
Máquinas de preencher papeis todos os dias
Portflólios, Planos de Aula, ...

De vez em quando um teatrinho ou talvez nao

a minha querida amiga (ou não)
vai assistir a minha aula
no fim tudo continua bem (ou não)

os alunos é que são beneficiados?

como? onde?

e depois há que ver

os pressupostos são muito diferentes
há quem tenha turmas grandes
há quem tenha turmas pequenas
há quem tenha turmas muito boas (bons alunos, muita cultura, ...)
há quem tenha turmas muito más (alunos fracos, mal sabem ler, ...)
há quem tenha muitas turmas
há quem tenha uma só turma

...

parece que sim, a escola tem autonomia...
mas a autonomia não muda a realidade


a sociedade sabe mas ainda não percebeu bem (ou talvez já),
trabalhar com crianças nos dias que correm é muito complexo
tem as suas dificuldades



Também há quem diga que antes não eramos avaliados!!!

Mas há um sistema de avaliação...
Questiona-se... foi avaliado? Parece que foi logo arrumado...

Ajustá-lo, afiná-lo não conduziria a uma avaliação mais justa e digna do que
esta monstruosidade?

Enfim

Indignado? Pois claro

Deixem-nos fazer bem o nosso trabalho

pl