domingo, 16 de março de 2008

Apostas Correctas

O Ministério da Educação em vez de tentar impor uma avaliação dos professores inexequível e injusta, deveria reflectir seriamente.

A avaliação que diz não existir ou da qual apenas sabe dizer que serve para gerar progressões automáticas, ideia em que insiste e que atira à opinião pública, para dar a ilusão de que os professores auferem de salários elevados à custa de trabalho zero!!!
Primeiro, eu sou, mão de obra barata, estando plenamente de acordo com as afirmações proferidas pelo Minsitro da Economia, numa visita à China.
Depois, as progressões não são assim tão directas...

Mas como já antes referi há que afinar esse sistema de avaliação...

Como? Primeiro, uma séria aposta na formação dos professores, valorizando as suas práticas, investindo nas suas capacidades...
através de professores universitários... observavam aulas, davam sugestões, instruções (não de caracter punitivo, mas formativo). Assim, a prioridade poderia ser a educação, não o défice.
Outra ideia, também de carater formativo, agora do ponto de vista dos alunos seria rever a noção de sucesso escolar...
Num tempo, em que unanimemente todos concordam é diferente, em plena Sociedade da Informação, das Tecnologias da Informação e Comunicação, Portugal (e talvez os outros países, mas Portugal com défice verdadeiro ao nível das oportunidadesque proporciona aos seus jovens) continua a afirmar que sucesso escolar é um aluno atingir um nível 3 (2º e 3º Ciclo do Ensino Básico) ou 10 valores (ensino Secundário).
Seria revolucionário e igualmente muito discutivel... e se o aluno em vez de lutar para obter um 3 tivesse que trabalhar para tirar um 4 ou um 14? (associado, por exemplo, este incentivo, a benefícios ao nível do abono de familia). Isto é um puro palpite, não assenta em estudos de viabilidade económica, mas é uma ideia... se queremos alunos melhores, não podemos ter alunos a almejar atingir um 3 ou um 10...
O certo é que com alunos melhores os professores seriam vistos como salvadores da patria!!
Mas os professores também reconhecem que o mérito pertence aos alunos... mas também têm parte nesses sucessos.
E, embora nunca se fale nisso, Portugal deve ser dos países que forma melhores alunos, mas que depois, não tem capacidade para os reter.
Hoje, no dia que termina a quaresma (amanhã, começa a Semana Santa) umas quantas ideias para pensar.

4 comentários:

Anónimo disse...

Plagito, isto aqui é mesmo bom. Podes crer!

Anónimo disse...

Francamente! Então quer premiar os alunos com melhores notas com aumento no abono de família ? Imagine o Ruben Francisco de 12 anos, filho do Toino Rijo e da Idalina do Monte (gente honesta mas falha de tino), que dorme no mesmo quarto que os seus 3 irmãos, que até é inteligente, mas não sabia onde estar em sossego numa das 3 divisões da casa para estudar para o teste de história no dia seguinte. Tirou 60 e tal, disse ao pai (3 disse a professora) e o pai, orgulhoso, lá pensou: chega longe este rapaz.
Já o Martim Vasconcellos (com l dobrado), filho único que o Dr. com o mesmo apelido concebeu, mais por gana do que amor, com a Engª Maria Croft de Arriaga e Santyago, falhou a alínea b) da questão 14 do mesmo teste. 98 %, quase 100. Tens que estar mais atento, disse-lhe a mãe, revê essa matéria com a explicadora, de qualquer modo não está mal. 5 foi o que lhe deu a professora, e merecido, digo eu.
Portanto, vamos fazer contas, ora aqui tem sr. Toino, 12 euros do abono do petiz, não está mal, hã?
Já agora srª Engª., se não se importa, aqui estão os 25 euros do abono do seu menino, é um querido é o que lhe digo, tão educado...venha lá a casa tomar chá um dia destes, leve o sr. Dr. que se mata a trabalhar.

plageonline disse...

ao que me parece o dr vasconcellos e a eng. croft e santyago, pelos rendimetos que já de si auferem não terão direito a abono de familia...
o seu unico filho continuará a ter boas notas, a entrar para medicina!
o ruben francisco, concerteza nem com o abono reforçado, certamente com mais 1 ou 2 euros, nao chegará tão longe.
Mas também, como referi, é apenas uma ideia; como referi, nem sei se terá viabilidade.
o q interessa é aumentar a qualidade da futura população activa...

porque com o novo sistema de avaliação, os professores vão ser avaliados por objectivos, e ninguem duvide, o sucesso vai ser de 100%, ou perto disso.
Mas não significa que os estudantes tenham conhecimentos ou competencias equiparados a esses resultados!
será esta a aposta correcta?

Anónimo disse...

Parece-lhe mal. É gente fina, sim senhor, mas são portugueses, não se esqueça. O Dr. é psiquiatra, área onde ninguém gosta de ter recibos para o IRS. A engª faz projectos para obras particulares, 2.000 euros sem recibo, 2.420 com recibo. O seu rendimento conjunto em 2007 foi de 11.374,28 Eur.