terça-feira, 10 de novembro de 2009

Muro de Berlim

Nasci na Alemanha, numa Alemanha dividida, socialmente, economicamente, nas aspirações, na humanidade, em tudo o que se possa imaginar, ... dividida, porque o muro separava duas condições, duas, visões, duas realidades...
Enquanto estive na Alemanha (RFA), e diga-se, foi lá que passei a infância, até entrar para a escola, nunca tive noção da existência do muro, diga-se, coisas simples e básicas não eram negadas, no caso suportadas pelo esforço de meus pais, mas tinha condições de ter tudo (salvo seja); ao passo, que a própria liberdade (de tudo) era negada, a pessoas que também eram alemãs, que passavam fome, que lhe eram impostas condições desumanas, e que se tentavam passar o muro, para o outro lado, sujeitavam-se a ser mortas (quantas o foram) e eram chamadas traidoras e desertoras... era o muro da vergonha!
Perestroika (reformas) e Glasnost (Transparência), sr Mikhail Gorbatchov, alteraram o mapa do mundo, nomeadamente na Europa. Não significou para muita gente passar para um estado de coisas melhor. Os alemães de leste até disseram isso no início...
Mas hoje estamos a comemorar os 20 anos da queda do muro de Berlim, significou a reunificação da Alemanha, o fim da Guerra Fria (da cortina de Ferro), o fim do Pacto de Varsóvia, o esvaziamento ideológico da NATO (redefiniu objectivos e prioridades, ... Enfim, o mundo supostamente, passou para um nível melhor.

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